25 março 2007



Quando despertas começas a eternidade, o amor físico, os instintos e o teu corpo; Depois vem o aprofundar do espírito, o amor a entrega, a dádiva a emoção da luz, o sentir da paz e caminhar para o amor/amor. Podes apaixonar-te por um pássaro que canta ou a flor que se abre, a semente a germinar ou a pedra da praia.

Quando entenderes isto amarás a terra/mãe, a consciência fixa e cósmica da árvore, amarás a consciência/movimento do animal e a tua própria a cantar o universo.

Armando Correia Março de 2007

24 março 2007

A fala do Corpo é multilingue


Mais "arroz integral", ou preciso de apanhar sol?
O texto em azul escuro que se segue é um comentário, deixado por António Rosa no meu último post. Pela importância extrema do seu conteúdo resolvi torna-lo um post.
Arroz integral encontra-se entre aspas porque entre nós é uma brincadeira que costumamos fazer: dizemos que quando alguém está a meditar, está a mastigar arroz integral.

Aprendemos as leis do universo, estudamos vários temas da espiritualidade. Procuramos novas técnicas, mantemo-nos informados, mas é obrigatório ultrapassar o corpo mental e colocar em prática os ensinamentos. Tratamos de aperfeiçoar a clareza com que escutamos os nossos guias e mestres, desenvolvemos o par de ouvidos internos e escutar o nosso corpo? Teremos por acaso nos esquecido que sem ele não podemos cumprir o propósito a qual nos propusemos?

Mais "arroz integral", ou preciso de apanhar sol?


Enquanto não cuidarmos de nós próprios, enquanto não decidirmos que a prioridade nesta vida está no nosso corpo físico e não nos apegos a que nos habituamos, não achegaremos a lado algum.

E cuidar de nós passa tão simplesmente por termos a intuição de sentir o corpo físico que temos.

Se me falta o ar por 1 segundo. Se sinto o latejar de um músculo, se não cuido de mim, então que faço aqui?

Aprendemos e vivemos na prática de respeitarmos os nossos corpos extra-físicos; fazemos todas as meditações que aprendemos; fazemos discursos interessantes sobre o silêncio a que nos devemos remeter. E ninguém nos ensina como cuidar de nós.

E cuidar de nós NÃO É ir a correr à loja e comprar a blusa bonita ou outra manifestação da personalidade (dito ego).

Tudo isso faz falta, mas não são essas coisas que nos trazem a auto-estima e o amor-próprio que tanto necessitamos para podermos prosseguir viagem.

Nas minhas consultas (e tu também) deparei-me frequentemente com pessoas que dizem cuidarem-se muito. Cuidam da sua personalidade. Não escutam o seu corpo.

Dei por mim há uns anos a rejeitar a carne e o álcool. Foi um processo gradual em que não intervim directamente.

Nesta fase da minha vida, sinto que o que me apetece comer é muita fruta, sobretudo em forma de salada, além de torradas. Nem percebo porquê. Mas estou a seguir esse pedido do corpo.

Uma amiga minha disse-me uma coisa que me perturbou, pois nunca olhara a questão dessa maneira:

Minha querida Magda, porque somos pioneiros de uma "ideia", somos submetidos a maiores exigências pelo outro lado do véu.

Vamos ver como termina este processo.

António Rosa

21 março 2007

A marcha


Buscamos amor do próximo e precisamos de nos amar primeiro.
Precisamos de reconhecer, aceitar, estimar, a nós próprios para redescobrirmos que as diferenças, não são anomalias, são naturais, somos diferentes manifestações divinas, na essência somos todos iguais.

Os elefantes não partilham a casa com os ratos pois a sua diferente natureza traria desconforto a ambos. Não comem a mesma coisa, tem diferentes actividades, e o rato correria frequentemente risco de vida. Mas nisto não consiste qualquer problema, observamos estes factos e consideramos perfeitamente normal. Diferentes espécies convivem e ajudam-se entre si, para nós trata-se do ciclo natural, nem questionamos. No entanto ocasionalmente sentimo-nos mal em determinado ambiente sentimo-nos feios e/ó diferentes, desadaptados. Não nos amamos o suficiente para aceitar que toda aquela inadequação, não trata, de sermos imperfeitos, nem nós nem os outros. Somos por e simplesmente diferentes. Quando nos amamos saímos naturalmente em busca da nossa prol, deixamos de lado o sentimento de vítima, daqueles com quem nos cruzamos, tirando até partido dos ensinamentos desse mesmo encontro.

Sexualisamos os relacionamentos, deixamo-nos invadir por sentimentos de mera posse, propriedade e perde-se o encanto de sermos companheiros, de gozarmos com espontaneidade uma dádiva sagrada.

Sentimo-nos mal amados e tão-somente amamos de diferentes maneiras.

Um dia aprenderemos a amar o amor, amaremos para além de amar, e deixaremos de esperar o que quer que seja em troca.

SOMOS AMOR


15 março 2007

Convento de Cristo

Desenhámos estradas circulares ao longo de vidas.

Num determinado momento ingressamos numa espiral para redescobrirmos o nosso centro.

Concentramo-nos no ponto gerador e reacendemos a sua elevação.


11 março 2007

Banho de Som


O som é o que mais depressa chega à nossa alma.
As vezes basta um compasso, e imediatamente nos lembramos da totalidade da música.

Recordamos um período da nossa vida, um acontecimento uma vivência.

Se nos concentrarmos conseguimos inclusivamente que uma música inteira ressoe na nossa mente sem que a estejamos de facto a ouvir.
Som é vibração, variação rápida da onda de pressão num meio, o que ouvimos é a sensação produzida no ouvido pelas vibrações dos corpos sonoros, mas sabemos que mesmo os sons por nos inaudíveis atingem as nossas células, modificam a estrutura dos nossos atmos.

Um som abrupto deixa-nos profundamente desconcertados, uma simples música altera o nosso humor.

Não me vou alongar mais em explicações sobre um tema por demais debatido e explicado nos nossos dias. O som modifica a estrutura molecular da água e o nosso corpo é constituído por 70% de água.

Tive a oportunidade de estar presente numa secção de banho de som, facilitada por Paulo Raposo, foi uma experiência singular, seguido de um extraordinário estado de paz, relaxamento. A imagem que encontro mais próxima para descrever o que senti é como se no final da secção eu flutuasse a três metros de distância do chão, sem gravidade.

Foi um excelente presente que dei ao meu corpo e a minha alma.

05 março 2007

O Abismo



Na dissolvência está o segredo do absoluto.
No vazio, a disponibilidade para o preenchimento.

Na entrega, a aproximação ao encontro.

O Instrutor chama o peregrino. Mostra-lhe seus bons passos, suas riquezas, seus entes queridos. Mostra-lhe também sua pobreza, laços e dependências. Aponta-lhe um pequeno abismo. Na outra margem está a realização individual.

O peregrino deixa a bagagem e salta.

Caminha.

O Instrutor chama o então discípulo. Mostra-lhe a trilha percorrida, suas virtudes. Mostra-lhe a si mesmo. Aponta-lhe um grande abismo. Na outra margem está o serviço espiritual.

O discípulo tira as sandálias e salta.

Caminha.


Leia o resto do texto e comente no Blog:

NAVE Azul

Parte do texto: Profecias aos que não temem dizer Sim - Trigueirinho - Editora Pensamento

Numa iniciativa conjunta os seguintes blogues possuem todos o mesmo post colocado a 5 de Março:
Difusão de Alma
Estrela da Manhã
Fuzil Cósmico
Nave Azul
O Cálice

04 março 2007

Parque de astronomia - Centro Ciência Viva de Constância


Foi uma experiência gratificante observar este eclipse total da lua.
Deitada num muro deste parque temático, estive a acompanhar durante algum tempo os movimentos nocturnos do céu.
Ocasiões em que a Lua atinge as fases de Lua Cheia ou de Lua Nova exactamente sobre o plano da órbita da Terra, são de aproveitar e usufruir o momento.


As fotos foram tiradas a partir de um telemóvel, a qualidade não é a melhor, mas foi o que se pode arranjar!


É pena que na fotografia não tenha ficado registado o tom alaranjado com que a lua ficou, antes de se verificar o eclipse total.

Fotografia tirada no Observatório Astronómico cúpula móvel através de um telescópio 10", tipo Schmidt Cassegrain

Foi a primeira vez que vi o Senhor do Carma ao vivo. É realmente impressionante observar a impetuosidade, deste professor.
Dentro de três anos será possível observa-lo totalmente de frente, e poder-se-à ver a imperfeição dos seus anéis.
Com imperfeições ou não, o seu papel nas nossas vidas será sempre constante!

03 março 2007


“ A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-nos do sofrimento também perdemos a felicidade.”

Carlos Drummond de Andrade