17 janeiro 2015

Dezembro de 2005 - Recordações - Intemporalidade!

Tibério e Rosáli uma ida ao Veterinário!


No dia de Natal de 2005 recebi do António um sms com um endereço de pagina web. Estávamos a beber café, o Frederico e eu, e voámos para casa, para vermos as novidades do Mestre como, aliás, fazemos sempre que nos indica qualquer coisa para ler ou reflectir.

Ficámos boquiabertos, com a surpresa. Bem! Que excelente prenda de Natal! No msn manifestámos o nosso contentamento, e do outro lado, as graçolas traduzidas nos bonecos animados do msn, dizendo que tinha sido a fazer o Blog (Postais da Novalis) que passara o Natal, e que estava muito satisfeito por ter conseguido fazer a parte informática sozinho, enfim, radiante.

Fizemos uma reunião cibernética de contribuintes do blog e por unanimidade decidiu-se que o Frederico e eu escreveríamos um texto sobre o António, sujeito a aprovação, claro, e só então editado no blog.

Ui! Pensámos imenso no assunto e como traduziríamos por palavras, os nossos sentimento por esta Alma Lindíssima que um dia o universo nos deu a maravilhosa oportunidade de reencontrar.

Um Quíron em Carneiro e um Quíron em Gémeos juntos, resultou em que não houve meio de começar o dito texto.

Todos nós temos as nossas histórias e às vezes, embrenhados na azáfama do quotidiano, vamos esquecendo que o que nos faz estar aqui hoje são os episódios que vivemos, as lições que escolhemos para evoluir, mais ou menos tensas, tudo de acordo com o maior ou menor grau de amor que vamos nutrindo por nós mesmos. Mas a boa notícia é que no meio das tropelias que vamos atraindo, há sempre bonança a seguir a uma tempestade.

Fui parar ao projecto Alexandra Solnado como provavelmente alguns de vós, em processo de perda. Fui caminhando e no meio dessa caminhada estagiei com a Alexandra, e aí tive a maravilhosa oportunidade, entre outras coisas, de conhecer mais de perto aquela figura, o António, que enquanto aluna da Alexandra, apenas imaginava como seria.

Sempre super sorridente e disposto a partilhar, a ensinar, era de facto óptimo esperar pelo dia em que dava consultas e conversar com ele no período do almoço.

Ofereceu-me a consulta e vinha todo satisfeito com uma série de papéis para eu ler, quando juntos chegámos à conclusão que a minha data de nascimento no mapa estava errada. De sorriso nos lábios pediu na recepção para imprimirem novo mapa astrológico, e foi  assim que fez a leitura, com o improviso da alma, excelente, como é habitualmente.

O meu fascínio, adoração e admiração por este Ser  foi crescendo cada vez mais. E o adormecido bichinho pelas ciências mais ocultas foi-se despertando. A propósito,  outro dia a minha mãe devolveu-me o meu baralho de tarot  e, infelizmente,  perdera duas cartas,  justificando-se de ter pintado um quadro com aquelas cartas. Coisas de artistas! No entanto, fiquei de boca aberta quando, no meio das cartas, descobri uns cartõezinhos com a minha primeira caligrafia, a da primaria, fazendo a ponte entre signos e cartas de tarot. Já nem me lembrava disso.

O António foi percebendo o despertar da minha paixão pela astrologia, e como a minha tarefa no projecto da Alexandra não permitia que eu participasse em todas as suas aulas, além de me faltar  tempo para estudar, ele dava-me imenso apoio e convidou-me a assistir suas consultas sempre que tivesse disponibilidade.

Para ele dar as suas aulas com melhores condições, sempre que eu podia fazia umas rodas a compasso e esquadro no quadro do Mestre,  ao meu bom estilo de uma Vénus em Virgem,  e sentia-me honrada com essa tarefa, ainda hoje o Fred e o António brincam comigo à conta disso.

A vida conduziu-nos aos dois para outras estradas. Eu fui a primeira sair do projecto. Foram tempos de tempestade e o António foi aquele que me estendeu a mão no meio daquele naufrágio. Mesmo correndo o risco de causar para si sérios incómodos,  pois a coisa complicava-se, convidou-me para fazer algumas capas para a editora, enviando-me os textos do curso por e-mail. Deu-me sempre um enorme apoio, confiou em mim, coisa que naquela altura parecia impossível alguém o fazer, ajudou-me e ensinou-me na prática,  que eu estava a sentir na pele o meu retorno de Saturno.

Um Saturno sem chumbo, um Pai, um amigo, um companheiro de viagem. Não tenho qualquer problema em assumir que levei inúmeras vezes na cabeça, deste Pai Cósmico, manifestado aqui na querida Terra,  mas também sou também muito acarinhada.

Chorei, porque dói, ai se dói, rimos juntos, gargalhadas imensas, criamos. O Frederico e eu temos sempre à mão um lençol para nos assoarmos um ao outro nestes momentos de tensão. Mas o lençol vai para lavar, e esta a aprendizagem amorosa fica e perpetua-se.

Quando o António nos convidou para o acompanhar neste último curso de astrologia, nem queríamos acreditar; o primeiro pensamento foi, “será que daremos conta da tarefa?”. Isto ocorre porque não só, habitualmente não confiamos em nós, mas isso já é normal, mas sobretudo, porque nos esquecemos que o António é um visionário, uma mente brilhante com uma visão matricial da vida, do cosmos, para além de um enorme coração. Ele sabe apostar, confiar, ensinar a pensar, enfim é verdadeiramente um Mestre que ensina a voar.


Bem hajas António por seres quem és.

 
Om António.