02 junho 2007

“Para um mãe que perdeu um bebe com poucas semanas de vida”

O assunto é de uma extrema delicadeza, trata-se de uma das situações carmicas, mais pesadas a seguir ao suicídio.

Uma criança que nasce e apenas permanece nesta encarnação alguns dias, é um ser que se poderá ter-se proposto em conjunto com os pais que escolheu, a fazer uma enorme limpeza carmica, e os próprios pais embora que sem consciência disso também. Ou seja, estes três seres traziam carmas muitos pesados por resolver, que adquiriam em conjunto ou não, e antes de encarnarem, acordaram que através de todo a dor e sofrimento causados por esta situação e a aceitação e compressão que tivessem da mesma, eliminariam esses mesmos carmas.

Existem inúmeras causas para a morte de um recém-nascido, desde infecções, anomalias congénitas, morte súbita, etc., em cada um destes casos deparamo-nos com diferentes tipos de limpeza carmica. No entanto as estatísticas1 revelam, que em cada 100 bebés nascidos, um apresenta defeito congénito no coração, número muito superior à Síndrome de Down que atinge uma criança a cada mil nascimentos.

As doenças relacionadas com o coração indicam geralmente, pessoas que não se amam o suficiente, esquecem as suas verdadeiras necessidades, e fazem tudo além dos seus limites, para se sentir amadas. Nesta atitude, levam a cabo acções funestas, prejudiciais quer para si quer para os outros. São pessoas que não baseiam os seus actos num amor desinteressado, mas esperando algo em troca, afastando-se do amor incondicional, que deveríamos ir desenvolvendo ao longo das nossas encarnações, e desta forma amar o Pai acima de todas as coisas. Na ausência de amor-próprio, também não ama-mos o Pai, e ai perde-se a capacidade de discernir quais os verdadeiros motivos das nossas acções, deixando de haver consciência, pode-se correr sérios riscos de que em nome do amor se comentam actos muito pouco amorosos.

A criança escolheu um defeito congénito no coração. Este ser reuniu as condições necessárias para limpar também um carma biológico, uma vez que a causa da sua morte não foi uma doença adquirida mas sim congénita. Uma doença congénita, porque o padrão de comportamento nas suas outras encarnações, ficou de tal modo enraizado, que originou um padrão repetitivo de comportamento, vida após vida, gerando um elemental ou vírus, que se inseriu de novo no seu ADN, acabando por nesta encarnação se tornar fatal. Escolhendo morrer ainda bebé, encontrava-se em num estado em que o contacto com a sua alma é mais permanente e fluido, permitindo-lhe aceitar a sua condição mais facilmente, sem o peso da revolta de um adulto, deste modo interrompe o padrão e liberta-se. É na fragilidade de ser ainda um bebé que nada controla, que encontra a sua alma encontra a forma de se libertar.

Os pais como facilitadores da sua entrada nesta encarnação, desejaram esta criança, amaram-na durante os nove meses de gestação, e deparam-se com a possibilidade de o perder. Aí os pais deste ser, dedicam-se incondicionalmente de corpo e alma a esta criança, dando-lhe todo o seu amor, cuidados, etc., numa caminhada dolorosa, conscientes da gravidade do estado do seu bebé. Entregam-se incondicionalmente. Mas poderíamos encontrar a situação inversa, ou seja, revolta, fúria, incapacidade de cuidar daquele ser, etc. Podem estar aqui em jogo três distintas purgas carmicas, o carma daquela mãe e pai, e a capacidade de aceitar, amando incondicionalmente aquele ser e a sua a proposta para esta encarnação.

Os pais trariam provavelmente, carmas pesadíssimos com filhos, ou com aquele ser em especifico, em última analise esta poderia ser a única forma de eliminar dividas pesadas adquiridas noutras encarnações. O modo como aceitam a lição pelas suas almas escolhida, dita também o curso de futuras lições.

Não há nada que seja estático neste universo que habitamos. Podemos modificar, o modo como as lições se apresentam nas nossas vidas, alterando as nossas atitudes e padrões de conduta, elevando a nossa consciência.

Pode surgir o desejo de tentar uma nova gravidez, indicando vontade de enfrentar o medo, de que algo possa vir a correr mal com o bebé, medo esse que afinal todas as mães tem, muito embora em proporções diferentes, quer porque já tenham passado por situações dolorosas nesta encarnação, quer por memórias inconscientes de outras vidas, havendo casos em que por e simplesmente se recusam a ter filhos.

Quando apreendemos o verdadeiro significado de uma dada lição, não há por que ela se repita.

Há lições que são obviamente extremamente dolorosas, e, é a forma como lidamos com elas, que dita como futuras lições se apresentam.

O contacto com a nossa espiritualidade é o caminho mais livre e desimpedido, rumo a esperança.

1 A estatística que aponta a incidência das doenças do coração é da March of Dimes, fundação norte-americana que busca melhorar a saúde dos bebes, prevenir os defeitos no nascimento e a mortalidade infantil.



10 comentários:

Unknown disse...

Muito bom.

Beijinhos,

A.

Luzidium disse...

Estas questões cármicas mais pesadas faziam-me imensa confusão, a leitura da fantástica série André Luiz do Chico Xavier ajudou-me muito a entender o porquê de situações tão difíceis neste planeta-escola e a aceitá-las claro está.

O contacto com a espiritualidade nestes casos é uma ajuda formidável.

Beijo

Magda Moita disse...

Mestre!

Obrigado!

Beijos fofos.



Luzidium!

De facto estas situações carmicas são extremamente difíceis, quer de aceitar quer de entender, e mais difícil ainda, de as vivenciar. A consciencialização, das leis do carma, é uma poderosa ajuda.

Em contacto com a nossa espiritualidade encontramos o proposito da nossa existência.

Beijos

wicky disse...

entendo a situação desse bebé -menino que opta por estar a qui apenas alguns dias; mas noutros casos em que o bebé nasce com malformações congénitas /genéticas que o impedem de falar , de se movimentar, de se erguer porque os músculos e os nervos não têm força, não têm tónus, como se poderia interpretar as razões da sua vinda, da sua escolha de nascimento naqueles pais?
Gostei muito deste teu post , e do anterior também. Aliás contra a objecção do terraço há diversos links que apontam para a utilização de "barris" de plástico que se enchem com terra e onde se fazem furos a diversas alturas e aí se cultiva.
Nas casas onde não há plantas nem flores , o ambiente é sempre pesado e doentio...

Magda Moita disse...

Wick!

Uma criança que nasce com Síndrome de Down, por exemplo, completamente dependente dos pais, mesmo na idade adulta, com maior ou menor deficiência, corre inclusivamente o risco de ser abandonada, num galinheiro ou numa instituição. Se a criança escolhe esse decorrer de acontecimentos, não sei, penso que passará por um sistema de atracção e não propriamente uma escolha. Mas provavelmente escolheu vir a este mundo numa situação de entrega total, ser amada tal e qual como é, correndo todos os riscos inerentes a sua situação, incluindo ser abandonada. Vem a mercê da evolução consciencial daqueles seres que escolheu como pais.

Já tinha ouvido falar desse sistema com barris, é uma boa ideia.

Um abraço

Magda

A Abelha mãe disse...

Eu perdi o meu bebe (perfeito) oito horas antes de ele nascer fez 3 meses que foi o funeral. Que lição tenho eu a aprender e era necessario ser desta forma tão violenta?

Magda Moita disse...

Olá p + f!

Antes de mais gostaria de te agradecer a visita ao meu espaço, também já fui visitar o teu, e gostei de te conhecer.

De facto a lição por que passaste, é tremendamente dolorosa, e extremamente difícil de aceitar. Perder um filho sejam qual forem as circunstancias é sempre uma enorme perda, é uma das lições mais duras de se vivenciar. Mas respondo à tua pergunta com uma frase tua: "Obrigada, meu filho, por estes meses que estiveste comigo" e ele também te agradece. Era esse curto espaço que ele precisava de viver.

As mortes in útero, normalmente são indicadoras de que aquela alma decidiu não levar adiante o propósito, para o qual se tinha proposto. Digamos que a última da hora, decide recusar a sua própria proposta. Para a mãe desta criança a capacidade de amar incondicionalmente é posta a prova, da forma mais dura que se poderia provar.

Um abraço

Magda

Anónimo disse...

perdi uma filha extremamente desejada por infeccao hospitalar. nao sou revoltada,mas,sofredora eterna... ela tinhha um mes de vida,lutei por ela,lutei,lutei... e hoje to aqui lutando por causa de outros problemas,mas tentando ser feliz,apos 9 anos,com mais 2 outros filhos maravilhosos,sem trabalho,sem marido, e sem explicacoes sobre o motivo de uma cruz tao grande,ja que sou pessoa correta,idonea e tento ser feliz e nao lamentar ..............

Anónimo disse...

Encontro-me extremamente triste,pois há 2 ,meses perdi um bebê. Quando penso q me recupero vejo-me de novo sofrendo, perguntando pq tivemos (eu e minha família) q passar por isso. Confesso q minha fé abalou-se, sei que esse não é o pensamento adequado, mas como voltar ao normal? Por favor preciso de ajuda ou enlouquecerei,agradeço

Magda Moita disse...

Antes de mais os meus sentimentos.

Este tipo de lição carmica é uma das mais difíceis de ultrapassar, e a maior dificuldade que cada um se depara numa primeira fase, é compreender o porque do sucedido. Depois trata-se de encarar o processo de aceitação.

Nunca voltamos ao "normal", porque a cada lição de vida nos tornamos uma pessoa diferente.

A fé não se avalia quando a vida nos corre bem, mas sim quando nos deparamos com os grandes desafios da vida. Só o facto de pedir ajuda já revela fé de que é capaz de superar esta situação.

Na coluna do lado direito deste blog encontra os meus contactos, seria útil para si uma consulta de astrologia, que seguramente a ajudará a compreender esta e outras questões que ocorrem na sua vida.

Um abraço de luz

Magda Moita