05 fevereiro 2011

Miguel Torga



"Aparelhei o barco da ilusão
E reforcei a fé de marinheiro.
Era longe o meu sonho, e traiçoeiro

O mar...
(Só nos é concedida

Esta vida

Que temos;

E é nela que é preciso

Procurar

O velho paraíso

Que perdemos).

Prestes, larguei a vela

E disse adeus ao cais, à paz tolhida.

Desmedida,

A revolta imensidão

Transforma dia a dia a embarcação

Numa errante e alada sepultura...

Mas corto as ondas sem desanimar,
Em qualquer aventura,
O que importa é partir, não é chegar."
Miguel Torga


Um presente matinal de uma amiga especial,

iishwariando

Sem comentários: