04 outubro 2007

O cálice


O mapa astral é como um cálice, que em seu seio abraça as energias planetárias. Beber desse cálice, dessa porção alquímica, coloca-me em contacto com a essência do meu ser. Com a tomada de consciência, posso então em paz, segurar esse cálice, e brindar a arte de viver.


26 setembro 2007

Palestra do lançamento do livro "Signos para a Alma"


Dia 29 de Setembro, às 15 horas, irá realizar-se uma palestra onde o orador principal António Rosa falará de "Astrologia, carma e desenvolvimento espiritual".

O evento terá lugar no Forte da Casa, em Lisboa, na rua Fernando Pessoa nº 39.

No evento poderá adquirir esta obra com uma dedicatória de António Rosa numa mini-sessão de autógrafos.

O custo de participação tem o preço simbólico de 5 euros que serão doados na sua totalidade.

Reserve o seu lugar, pois o espaço é limitado.
Para reservar ou obter mais informações, dúvidas sobre a localização do evento, etc., contactem o "JC", por favor, através do seguinte e-mail:

netideia@hotmail.com

Este livro pretende ser uma viagem através dos doze Signos do Zodíaco com múltiplas leituras possíveis. Desde aqueles que querem saber um pouco do seu próprio signo, até aos estudantes desta matéria, havendo uma ênfase especial para quem acredita na evolução espiritual do ser. Este livro é acessível a todos os leitores, mesmo aqueles que não possuem conhecimentos de astrologia.

Sendo um livro de auto-conhecimento e desenvolvimento pessoal, também permite um melhor conhecimento das pessoas que nos rodeiam, ficando com uma melhor percepção dos seus relacionamentos cármicos. Sim, porque você também tem relacionamentos cármicos – pais, filhos, companheiros, amigos, colegas…

A matéria apresentada nesta obra não é apenas a habitual enumeração das características de cada signo, mas uma orientação pragmática e simples sobre os níveis evolutivos de cada ser humano através do seu signo solar. A nossa missão é evoluir.

Todos temos no nosso mapa natal os doze signos, mais ou menos enfatizados pelo posicionamento dos astros. No entanto, há uma tendência para ficarmos muito atentos apenas ao signo onde está o nosso Sol, aquilo a que habitualmente chamamos de “o meu signo”. Isto é apenas uma parte de si. Somos muito mais do que isso, somos uma alma num corpo físico, que vem fazer a experiência evolutiva que a astrologia tão bem sabe indicar.


29 agosto 2007

O planeta Terra no nosso mapa

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Visite o nosso site Escola de Astrologia Nova-Lis.

Faça o seu mapa, e descubra o posicionamento do seu Planeta Terra.



O planeta Terra raramente aparece representado no nosso mapa astral, porque este é feito partindo de uma visão em que nos encontramos no próprio planeta Terra. No entanto, determinar a sua localização no mapa natal é extremamente simples, pois encontra-se exactamente oposto ao nosso Sol, a 180º graus, portanto.
O posicionamento deste planeta tem um significado, cármico e espiritual. Representa a essência daquilo que cada um de nós, como Ser Humano, veio cá fazer. Ou seja, é a harmonia entre o nosso Sol e o seu exacto oposto (planeta Terra) que permite vivenciar darmicamente o poder do nosso Sol.
O Sol funciona como o nosso equipamento criativo, um computador complexo, que, além de criativo, evolui ampliando a sua base de dados. O Ser através do seu equipamento criador escolhe evoluir e, para isso, tem de fazer a sua caminhada que passa por percorrer e entregar-se ao seu oposto, planeta Terra. É resolvendo as questões que dizem respeito ao posicionamento do planeta Terra que conseguimos explorar, ao máximo, o potencial do nosso Sol. A representação cármica deste planeta é a figuração da existência da dualidade, que conhecemos como sendo o sistema vigente no planeta Terra.
O nosso Sol encontra-se num determinado signo e casa, raros são os casos em que coincidem os signos e a respectiva casa.
Por exemplo: tenho o Sol em Balança, mas na Casa 8, para reflectir sobre a essência do que venho cá fazer, e do que tenho feito até aqui, procuro a interpretação do posicionamento do planeta Terra. Por ter o meu Sol em Balança, o meu oposto está no signo Carneiro, que, neste caso específico, se posiciona na casa 2, a casa oposta à 8.
A seguir, devo procurar a interpretação mais abaixo do planeta Terra, tanto em Carneiro, como na casa 2. No entanto, deve-se ter em conta que a interpretação da casa não tem a mesma intensidade da interpretação no signo.
Ao determinar a colocação do nosso planeta Terra, podemos, então, averiguar se, na proximidade, temos planetas que se encontram em aspecto com a Terra, nesse caso, em particular, ficamos, deste modo, familiarizados com o tipo de situações que necessitamos de resolver primeiramente, para que possamos usufruir livremente do nosso Darma.
É possível encontrar a explicação do Sol nos signos e nas casas nos respectivos menus do lado esquerdo deste site. Apresentamos, em seguida, as linhas gerais de interpretação do planeta Terra e a forma de vivenciar o nosso Darma.

Tenho o planeta Terra na Casa 1 ou em Carneiro – “Sou aquilo que eu faço” “Início da sua aventura terrestre”.
A casa da Alma, a Casa onde a alma inicia a sua aventura terrestre, onde ela é. O Ser nasceu com o Sol em Balança ou na casa 7 e é nesta energia (Carneiro, casa 1) de produzir fazer, de tomar iniciativa de liderar, que o Ser vem dispor do seu Darma. Se hesita, se não conclui as suas iniciativas, esta alma não manifestará activa e inteligentemente, bem como amorosamente, a capacidade de viver harmoniosamente o seu signo Solar Balança, levando para o outro, todo o esplendor da sua alma.
Balança e o planeta Terra são emanações do mesmo raio, o 3º, que significa: Inteligência Activa; Criatividade; A expressão activa e inteligente do amor- por outro lado, Marte, senhor deste signo (Aires) e casa (1), é manifestação de primeiro raio, a vontade do Pai; Vontade – Poder; A vontade e o poder de amar e temos mercúrio como regente esotérico, emanação de segundo raio, Amor, Sabedoria, a energia do amor essencial. Assim, estão juntos neste plano de interacção os 3 aspectos essenciais da divindade. Tendo este ser a oportunidade de trazer a este plano a expressão directa da sua mónada, pondo em prática a realização do EU SOU. Pondo em prática a vontade do Pai, com amor e sabedoria, manifestando a sua criatividade, o planeta Terra na casa um ou em Carneiro, viabiliza que o indivíduo com o seu Sol em balança ou casa 7, tenha a oportunidade de se harmonizar com os seus velhos companheiros de alma, tirando o máximo partido do seu equipamento criativo, descansando para retomar a sua caminhada, e esse caminho retoma-se, quando esta alma vai ao seu planeta Terra e concretiza aquela energia.

Tenho o planeta Terra na Casa 2 ou em Touro – “ Sou aquilo que eu tenho” - “Experiência material sem apego”.
Aqui a alma vem vivenciar a experiência material sem apego. Vem experienciar as coisas da matéria no seu máximo esplendor (planeta Terra). A alma vem vivenciar a experiência directamente no planeta Terra.
O Sol na casa 8 ou em Escorpião vem aproximar-se da sua primeira iniciação caminhando, vencendo desafios, e este caminho e estes desafios são para ser vividos aqui na Terra, no planeta, no dia a dia, e o que o Ser humano faz habitualmente é criar apegos, dizendo o meu carro, a minha casa, o minha mulher, etc. No entanto, esta alma vem aproximar-se da sua primeira iniciação e, para isso, ela necessita de se elevar, incorporando a ideia de que, apesar da experiência ser feita na matéria, e para isso temos de aprender a manejá-la, nunca deve esquecer que, na realidade, nada é verdadeiramente nosso, porque, em última análise, nada material vai connosco no momento em que desencarnamos, o que nos acompanha é, apenas, a nossa consciência, o que apreendemos; tudo o que é material, incluindo o nosso corpo, foi-nos emprestado para que pudéssemos cumprir um determinado propósito.
Esta alma vem fazer a desconstrução do apego, não ficar apegado a nada que é material, vem viver a matéria, sabendo que ela é apenas um veículo para cumprir um determinado propósito. Com este posicionamento, é muito fácil esquecer o Darma e esbarrar no Carma, pois o posicionamento do Sol, já por si, é indicador de fortes laços que prendem este Ser à matéria, e, através do posicionamento do seu planeta Terra, esta alma precisa de se elevar, desconstruindo a relação de posse que estabelecemos com a matéria, vivendo darmicamente o usufruto da matéria.

Tenho o planeta Terra na Casa 3 ou em Gémeos – “Sou aquilo que digo e penso” - “O talento da oratória”
Com o planeta Terra nesta posição a alma traz a faculdade de passar a mensagem. A sua aptidão para a oratória, permite-lhe comunicar amorosamente, tendo a serenidade suficiente e inteligência, que permitem explicar o que, à partida, possa parecer incompreensível.
No entanto, trata-se de um posicionamento extremamente difícil, o planeta Terra encontra-se em exaltação. Este Sol em Sagitário, para poder usufruir das suas capacidades e aptidões precisa de “descer à Terra”, precisa de manejar as faculdades da sua mente inferior para passar adequadamente a mensagem. Manobrando correctamente esta qualidade, este Ser consegue entrar de imediato em diálogo directo com o seu Eu Superior; assim, ele cumpre os desígnios do Pai. Trata-se de proceder a uma mudança de atitude ao nível mental, porque o planeta Terra se encontra na presença da energia da mente inferior e é necessário que este Ser entenda o seu propósito.
Com este posicionamento, reúnem-se condições para que este Ser possa vir a ser um instrutor da Humanidade – O Sol encontra-se em Sagitário regido por Júpiter, a voz dos Mestres, numa oitava superior temos o próprio planeta Terra, para onde essa voz tem de ser trazida, em contrapartida, no seu oposto, encontramos Mercúrio, como agente da mente inferior, e Vénus, numa oitava superior, o Eu Superior do planeta Terra; assim se reúnem as condições necessárias para que as hierarquias possam manifestar-se através deste filho, cujo principal propósito é instruir a humanidade. O Ser necessita de eliminar traumas mentais, para que possa manifestar os intentos da hierarquia.
A partir do momento em que conseguem perdoar as exigências naturais do ser humano, em que as certezas internas começam a manifestar-se, estes Seres influenciam quem está à sua volta e aquele fogo de Júpiter transforma-se num farol, e é um foco de luz. Não interessa qual é o seu trabalho, qual é a sua profissão, mas a luminosidade que emanam, torna-se referência para quem está à sua volta e sente como este Ser se encontra em Paz aproximando-se para tentar perceber qual é o segredo. Aí, através da comunicação, aquela Terra em Gémeos transmite paz a quem está a sua volta.

Tenho o planeta Terra na Casa 4 ou em Caranguejo – “Sou aquilo que sinto e protejo” “Princípio da mestria”.
É a casa de entrada desta alma. Esta casa representa o início desta encarnação. A casa onde se encontram as memórias cármicas. A casa do princípio da mestria.
É através do que temos na casa 4, ou em Caranguejo, que encontramos as nossas memórias cármicas e essas mesmas memórias vêm carregadas de vírus ou elementais que geram ciclos de repetição comportamental. Como nesta casa, ou signo, as emoções se encontram habitualmente à Solta, esvaindo-se, torna-se impossível encará-las, por isso, é necessário que sejam criados diques, recipientes para essas mesmas emoções. Não com o intuito de as aprisionar, mas sim com o objectivo de as conter para podermos requalificá-las, tornando-as objecto de sabedoria.
Quando o planeta Terra se encontra nesta casa, estamos intimamente ligados a esse passado, tanto biológico, como de extra-terrestres que somos, é necessário que saibamos reconhecer as nossas raízes, o nosso passado, e é isso que dá a garantia ao Sol em Capricórnio de poder exercer a mestria, aqui na Terra. Sem que este Sol faça este processo de reconhecimento, torna-se seco e árido. É necessário que integre as suas emoções, para que possa exercer a sua mestria como ser uno e integrado.
É com este posicionamento do planeta Terra que esta alma veio distintamente vivenciar em Darma a sua relação com a família, o seu relacionamento com os pais, com as suas origens, com as suas raízes. Para exercer a Mestria, este Sol em Capricórnio, ou casa 10, necessita de, através do seu planeta Terra em Caranguejo, ou casa 4, viver darmicamente o reencontro do ser, manifestando harmonia interna.

Tenho o planeta Terra na Casa 5 ou em Leão – “Sou aquilo que manifesto” ”A lei do amor”.
Um dos posicionamentos mais privilegiados para o planeta Terra. Para atingir este posicionamento, a alma, embora sem consciência, já adquiriu magnificência noutras encarnações. Este ser vem vivenciar darmicamente as leis do amor, vem criar condições para viver em Darma, apreciando os pequenos prazeres da vida. Por outro lado, o aquariano, que tem por natureza e impulso dirigir-se a todos e à comunidade, se tiver um relacionamento cármico com os seus filhos, não usufruiu em pleno do seu quite criativo, assim, este ser necessita de criar as condições necessárias para que o seu relacionamento com os seus filhos seja um relacionamento dármico, construtivo e cooperante.
A maior criação do Ser Humano é a capacidade de ter filhos. É nesta casa que a alma, através dos filhos, atinge o seu máximo esplendor criativo. A lei do amor encontra-se na casa 5. Quando a união com o seu parceiro/a é feita com o respeito por tudo aquilo que é positivo. Aceitação. Amizade no seu máximo de Solidariedade. É nesta casa que se encontram os pequenos prazeres da vida. (Uma das maiores limpezas cármicas não biológicas é adoptar uma criança.) Com este posicionamento do planeta Terra, a alma vem equipada para viver a lei do amor de forma livre e facilitada. Esta alma tem reais condições para vir fazer Darma.

Tenho o planeta Terra na Casa 6 ou em Virgem – “Sou o que analiso e purifico” “Onde o Cristo interno se concretiza”.
O Sol em Peixes integra o todo com o despertar do Cristo interno, através do posicionamento do seu planeta Terra em Virgem.
O planeta Terra nesta posição traz o Todo para implementação no planeta. O planeta Terra no signo Virgem, um signo analítico, um signo de síntese, mas, como representação exotérica, é o portador da voz crística, é a representação do Cristo interno.
É nesta casa que o Cristo interno se concretiza. A alma trabalha em Darma para atingir a sua chama Trina. Esta alma vem materializar a sua ligação à fonte. É um dos posicionamentos mais elevados que há, quando o planeta Terra em Virgem se encontra bem resolvido. Para isso, é necessário que os Peixes coloquem os pés na Terra, executem bem o trabalho aqui na matéria. Amando incondicionalmente o seu trabalho. Parafraseando Confúcio “ama o teu trabalho e não terás um único dia de trabalho na tua vida”.
O Sol em Peixes, ou na casa 12, necessita de reencontrar a sua paz, através da concretização aqui na Terra, onde, aliás, todos nós aqui encarnados, nos propusemos fazer obra. Comummente encontramos Seres com o Sol em Peixes, ou na casa 12, desorientados, confusos, tristes e até mesmo muito deprimidos, digamos que aquele ser mostra claramente sinais de desencontro interior, demonstra inadaptabilidade, esse navegar de um dos peixes em direcção à sombra vem do facto de aquele ser não escolher viver darmicamente o seu posicionamento do planeta Terra.

Tenho o planeta Terra na Casa 7 ou em Balança – “Sou parte de uma relação” “Descansar com o intuito de se harmonizar”.
Aqui a alma vem à Terra descansar com o intuito de se harmonizar, de colocar os pratos da balança em equilíbrio. Através da união, através de uma boa escolha.
Como vivo as minhas relações? Como lido com os meu (s) casamento (s), com a(s) minhas sociedade(s), com o(s) meus amigos chegados, com o(s) meus inimigo(s) visíveis? Tenho presente dentro de mim que estas almas, que comigo se cruzam, se propuseram a ensinar-me e a aprender qualquer coisa comigo? Estes seres são companheiros de alma antigos que se ofereceram para nos ajudar, tal como nós também nos oferecemos para os ajudar.
Posso não me sentir feliz com a minha actual união e tenho todo o direito de iniciar outras caminhadas, noutra companhia. No entanto, o que mais observamos na nossa sociedade, são os desentendimentos matrimoniais, que acabam em guerra aberta, com ou sem filhos pelo meio, ou nem sequer terminam, e, então, ouvimos falar em amantes, em vidas duplas, etc. O mesmo se observa nas sociedades, em que sócios enganam outros, vigarizam e incriminam os outros.
Vivemos todas estas situações, com maior o menor raiva, maior ou menor sofrimento, mas será que, em algum instante, nos passa pela cabeça que o outro é tão divino quanto nós, e que, com ele, é suposto que aprenda algo, que também ele se propôs a ensinar-me qualquer coisa, assim como o inverso? Termino estas ligações, com este pensamento, ou faço-o em guerra, desrespeitando-me e desrespeitando o outro?
Com o planeta Terra neste signo, ou casa, a minha alma escolheu que eu tivesse especial atenção a esta experiência, que a viesse fazer bem feita, para que pudesse vivenciar, em pleno, o meu Sol em Carneiro, ou na casa 1.

Tenho o planeta Terra na Casa 8 ou em Escorpião – “Sou a morte e a transformação” “Vencer desafios, aproximar-se da sua iniciação”.
Aqui, esta alma (adulta) traz a esta vida todos os percalços ocorridos nas outras. Como lição esotérica, é o caminho, e o importante é caminhar, pois enquanto se caminha encontram-se os desafios, e, quanto mais desafios se vencem, mais próximo se está da iniciação, de seguir a nossa própria essência, procedendo às transformações necessários. A casa 8 é a casa do magismo, sendo este vírus um dos vírus perniciosos, o mais fácil de nos fazer cair em tentação, como força poderosa que não se controla.
A alma vive a senda de caminhar de olhos vendados, rumo à sua essência, com a sensação de que muitas são as vezes que cai no abismo, pois este signo e casa trata dos limites, da morte figurada e, também, da real, trata das tentações, do dinheiro, do sexo, enquanto droga para fugir a realidade. Esta alma vem usufruir da beleza da matéria na sua essência, sabendo que nada é nosso, tudo nos é emprestado para cumprir um determinado propósito evolutivo, e, sempre que tentamos possuir algo, esse algo é nos retirado, para que possamos mergulhar, de novo, na nossa essência e na essência de todas as coisas.
Com o planeta Terra neste signo, ou casa, a alma escolheu que, para viver a matéria no seu máximo esplendor, tem de aprender a usar as ferramentas do desapego, através da transformação da matéria. Esta alma veio viver o Darma de usufruir, ao máximo, da essência de todas as coisas. Para que este Ser possa usufruir de todo o potencial do seu Sol em Touro, ela necessita de usufruir da capacidade que o seu planeta Terra em Escorpião, ou na casa 8, tem e que possibilita entrar em contacto com a essência de todas as coisas.

Tenho o planeta Terra na Casa 9 ou em Sagitário – “ Sou aquilo que eu acredito” “Exercer o magistério”.
O planeta Terra é o regente esotérico de Sagitário, esta é a segunda colocação mais difícil para este planeta, pois ele está em regência. O Sol em Gémeos encontra o meio para vivenciar o seu Darma através do fogo de Sagitário, na fé e naquela crença, naquele explanar de ideias.
Sagitário tem como regente exotérico Júpiter, conhecido como a voz dos mestres, a voz das hierarquias; no entanto, Sagitário eleva a sua consciência quando, através do seu regente esotérico (Terra), manifesta e concretiza esses mesmos ensinamentos no planeta Terra.
Para vivenciar o seu Darma, o Sol em Gémeos precisa de encontrar esse fogo interior, de usar a comunicação para trazer aquele fogo de Sagitário, a razão, e encontrar o caminho. Enquanto não encontra a sua crença com entendimento, vai menosprezar a sua qualidade de ser um instrumento de comunicação.
Este posicionamento, por vezes, só tarde na vida consegue vivenciar em pleno o seu Darma. Aquele Sol em Gémeos aproveita, verdadeiramente, a sua capacidade de investigação, a sua rápida inteligência e capacidade de comunicação para um propósito maior, ou, na grande maioria das vezes, usa-as para comentar assuntos vãs, sentando-se tardes consecutivas no café?
Aqui, a alma sente-se bem quando vem exercer o magistério, exercer a instrução, dar a conhecer o ensino divino. Constitui um dos posicionamentos mais complicados para a Terra, pois a alma precisa de incorporar os ensinamentos e qualidades da mente inferior para poder exercer, em plenitude, o magistério.

Tenho o planeta Terra na Casa 10 ou em Capricórnio – “Sou um lugar na hierarquia social” “Subir a montanha, contacto com as hierarquias”.
Este constitui o posicionamento mais difícil para o planeta Terra, quando a alma vem exercer a mestria e, para o fazer, tem de subir a montanha para estar em contacto com as hierarquias. Quando a alma pega no arco e flecha do arqueiro (Sagitário), aponta para o céu e conhece o caminho para a Casa do Pai.
E porque é este o posicionamento mais difícil para o planeta Terra? Porque ele se encontra em queda, na casa de Capricórnio com a regência de Saturno. Dai a imensa dificuldade dos Caranguejos, ou Sol na casa 4, se firmarem nas suas intenções, de vivenciarem o seu Darma.
A sensibilidade e a tendência para viver com a lágrima no canto do olho, as emoções à flor da pele, torna difícil, aos Caranguejos, criar diques para essas mesmas emoções. No dia em que o conseguem, é o posicionamento mais espiritual de todos, pois conseguem transformar toda a emotividade em sabedoria, incorporando a secura de Saturno, superando-se a si mesmos e vivendo, em pleno, o posicionamento do planeta Terra.
Sendo o Saturno o planeta do Carma, por excelência, ter este posicionamento do planeta Terra não é tarefa fácil, é necessário trabalhar muito para atingir essa mestria.
É necessário manter uma harmonia permanente entre as emoções de Caranguejo, como símbolo da Mãe divina, e o primeiro raio austero e severo do Pai (Capricórnio). É necessário encontrar o equilíbrio entre a lágrima e a secura dos ares da montanha.
Quando o indivíduo realiza obra através da sua carreira e vem perceber qual é a seu propósito. E o seu propósito pode ser, até, ser agricultor e estar em contacto permanente com as hierarquias e sentir-se tremendamente feliz, cumprindo o seu desígnio.
Quando o planeta Terra se reúne com Saturno, quer por se encontrar na casa 10, ou em Capricórnio, ou por Saturno se encontrar na proximidade, na casa onde se situa o planeta Terra, significa que esta alma se propôs uma enorme limpeza cármica, desbloqueando um problema sério, Carma e Darma juntam-se na mesma casa.
Sou Caranguejo, e olho para mim como um ser divino que vem exercer a sua mestria, ou transformo e alimento uma vida de “mar de lamentações”?

Tenho o planeta Terra na Casa 11 ou em Aquário – “Sou a minha diferença/sou o meu grupo” ”Aplica Lei do Amor”.
Quando a alma, que já atingiu a mestria, simplesmente pega na lei do Amor e a aplica ao todo (no grupo).
Esta é a casa e o signo dos propósitos de Deus. Tem Urano como regente de Aquário, a voz de Deus, mas também encontramos lá Saturno como regente tradicional, no entanto, como regente esotérico temos Júpiter. As explicações de Capricórnio e Sagitário ilustram-nos como o planeta Terra funciona nas casas e signos correspondentes a estes dois planetas, Saturno e Júpiter, tendo, obviamente, a consciência de que, aqui, a concretização do planeta Terra não se torna tão delicada, uma vez que a ligação deste signo a estes planetas não é de primeiro plano.
É necessário que o Sol em Leão, ou na casa cinco, pratique e cultive ter “bons ouvidos”, para que possa ouvir a voz de Deus manifestada por Urano em Aquário, ou na casa 11, sabendo escudar a sua alma e, por conseguinte, a voz de Deus. É preciso fazer a ligação entre o Céu e a Terra, sabendo concretizar, materializar, a voz da nossa alma, dos nossos mestres. Para que isto suceda, verdadeiramente, o Ser necessita de aprender a dominar uma mente por vezes traiçoeira, que tantas vezes nos fascina com ilusões.
Este posicionamento envolve todo o planeta; estando a Terra situada no quarto quadrante, esta alma vem vivenciar o seu Darma, colocando ao serviço de todos a sua capacidade de fazer a ponte entre a mente inferior, a mente do Ser Humano, e a mente superior, a voz dos Mestres.
É um posicionamento em certa medida privilegiado, porque existe o potencial. Por isso, tantas são as vezes que observamos as pessoas do signo de Leão manifestarem uma certa arrogância e egocentrismo, quando pouco evoluídos e enquanto não tomam consciência de que vieram a esta encarnação fazer obra, através da concretização do posicionamento do seu planeta Terra. É necessário integrar esta consciência, para que possam deixar de viver um Sol com sombra, com a sombra de um ego, poderoso e desconectado da verdadeira essência da alma.

Tenho o planeta Terra na Casa 12 ou em Peixes - “Sou absoluto” “Quando se integra”.
O indivíduo com Sol em Virgem tem de abandonar o recipiente, que cria à sua volta através da dedicação excessiva e compulsiva ao trabalho, e permitir-se mergulhar profundamente nas emoções, vivendo-as, sentindo-as. Quando experimenta sentir o amor absoluto, através do posicionamento do seu planeta Terra em Peixes, ou na casa 12, fica apto para realizar o seu trabalho de forma exemplar, entregando-o a Deus e ao Homem.
Com este posicionamento do planeta Terra estão reunidas todas as condições para o Ser Humano viver feliz, viver em permanente contacto com as hierarquias, amando-se profundamente, está apto para amar todos e sentir-se um ser individual, mas integrado no todo.

Magda Moita

12 agosto 2007

Fotografia Magda Moita

Menina dormindo translucidamente
nos lençóis de linho.

Teu lábio quieto suspenso do sonho
tem segredos dentro.

Teu gesto parado caiu sobre flores
de caules de prata

e nos pés contidos há caminhos dando
para o arco-íris.

Menina dormindo translucidamente

sobre o meu destino.


Gloria de Sant' Ana

19 julho 2007


Martin Vedusa é um recente leitor desta casa, e deixou no meu último post, um excelente comentário que partilho convosco.


Cara Magda Moita;

Li com atenção o seu pequeno texto a que chamou "quando fechamos uma porta...", e desde logo senti interiormente a necessidade de o comentar, porquanto a temática abordada no mesmo é de uma pertinência incalculável, para todos nós, viajantes cósmicos que procuramos o recentramento com a harmonia pré-estabelecida dos corpos celestes, ou seja, com o princípio emanador primevo: o Cosmos.

De facto, como a Magda bem sublinha, no árduo caminho da consciencialização espiritual das nossas falhas maiores, perdemos muito tempo divergindo da voz do sentido verdadeiro e interior a qual nos indica, graciosamente, o caminho correcto para a cura e a mudança interior. Esse tempo, ocupado em fuga ou dormência auto-sugerida, é irrecuperável e com ele se esfumam oportunidades de mudança, de acção, de consciência.
Ouvir a voz é, como bem notou, apenas o início do caminho; o Ser, é o haver-ser, isto é, o ter que ser, o transformarmo-nos em acção e consciência na aquilo que, indiscutivelmente, somos: chispas bem-aventuradas do AMOR eterno da pura graça existencial.
Este caminho de purificação, de cura e de ganho de consciência, implica acção concertada e direccionada, implica a destruição de modos equivocados de relação connosco próprios, com os demais e com a realidade. Implica, acima de tudo, enfrentarmo-nos de forma positiva ante o grande momento da vida: a nossa própria morte.

Na longa e sinuosa senda da vida, continuamos, procurando o sentido perdido de havermos sido, outrora, em completa harmonia vibracional com o grande corpo cósmico da criação.
Por ora, encontramo-nos vertidos neste mundo material, dependendo do uso da matéria, deslocados e descentrados na direcção de um futuro que nunca chega, orientados por preocupações que se formalizam em tarefas, coisas a tratar, que nos direccionam a sentimentos de ira, despeito, inveja, que nos invadem e sufocam o coração ---> vindos de dentro em projecção, e de fora, em estrita observância da inocente ou soberba ignorância alheia...

Inelutavelmente circunscritos à verdade do sofrimento nos encontramos.... Esta é uma das 4 nobres verdades de BUDA.

A verdade inexorável da morte obriga-nos a compreender a fragilidade da nossa condição encarnada, da nossa humana condição .
A transitoriedade de sermos-no-mundo, da finitude formal que nos é imanente, do nosso sentido ser o da relação e da interdependência, espelham, objectivamente, que o nosso sentido interior é referente ao outro, ao ABSOLUTO OUTRO que temos por tarefa principal conhecer!

O corpo enquanto acontecimento transitório, na sua materialidade, é extensão, é um exterior relativo ao espaço e ao tempo.
Enquanto seres, somos o INTERIOR desse exterior, e esse interior ambiciona o ABSOLUTO, a plenitude, a quietude e a paz: LUZ.

O mistério do ser da vida se actualizar e desvelar no decorrer do trilho para a própria morte, é incompreensível à mente racional, só o silêncio interior e a graça do AMOR presente nos nossos corações, poderão alguma vez nos guiar ao vislumbre do centro emanador da Graça Existencial que nos pertence.
Esta graça, sim, é a nossa única pertença, a nossa única e verdadeira posse, tudo o mais é ilusão!

É aqui e agora que podemos conquistar o desconhecido, é aqui e agora que temos o dever de aprender a DAR, é aqui e agora que o sofrimento é edificante!
A vida é a partida para descoberta de Si no OUTRO de NÓS MESMOS!

Somos PURO desejo de INFINITO!

Ousar ver o mistério é o grande desafio, verdade sentida e ígnea que simultaneamente nos aterra e deslumbra!

NO FIM ESTÁ O PRINCÍPIO!


“nisi credideritis non intelligetis” = se não acreditardes não compreendereis

Santo Agostinho, in “Confissões”
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Bem Haja;


Martim Vedusa

08 julho 2007

Quando fechamos uma porta....

René Magritte

Quando fechamos uma porta na nossa vida, o universo disponibilizamos de imediato outras alternativas. Este é um ditado antigo, já os nossos avós o diziam, muito embora por outras palavras.

Levamos uma eternidade a decidir dar ouvidos a nossa voz interior, e não nos confundirmos com outras vozinhas engraçadas, mas não, sabias. Depois quando finalmente escutamos, levamos outra eternidade a passar a acção, e entenda-se aqui que eternidade não é uma figura retórica, estamos mesmo a falar das inúmeras vidas, que levamos a alterar certo tipo de padrão de comportamento, e ai temos os famosos vírus e elementais, instalados no nosso corpo causal, e que é possível determinar, através do nosso tema astrológico.

Uma vez que passamos a acção, aguardamos as tais novas propostas do universo, e, elas levam mais ou menos tempo a surgir consoante, o processo de transmutação de energias, ou formas de pensamento, atitudes, são por nós conscientemente trabalhadas.


Não basta dizer, vou mudar, é absolutamente necessário, que as mudanças se operem de dentro de nós próprios e se reflictam, nos nossos gestos, nas nossas atitudes.

E aqui colocam-se outras questões – Quer dizer que eu posso estar séculos a aguardar outra oportunidade???? Ou, quer dizer que eu posso atrair de novo uma situação semelhante? Claro que sim, porque o que acontece, é que na maioria das vezes fechamos a tal porta, mas deixamos um fio de nylon no trinco, para nos assegurarmos que podemos a qualquer momento voltar, com ou sem consciência do que estamos a fazer, mas fazemo-lo. Receamos que aquela porta se feche, porque apesar de não nos sentirmos bem ali, “aquilo”, nós conhecemos, e o que está para além da porta, não fazemos a menor ideia do que é.


O Ser Humano lida mal com o desconhecido, com o desapego e com o abandonar de velhos hábitos. Quer interromper um padrão de comportamento, quer cessar um contrato, seja casamento, seja de que tipo for, mas não quer perder as regalias que essa mesma união lhe proporcionava.

Quando o tal fio de nylon se parte brutalmente, sem que haja qualquer hipótese de o repor, não há alternativa, e ai novas vivências surgem, no entanto se não paramos para reflectir, nos verdadeiros motivos que conduziram aquele acontecimento, as novas vivências vestem de novo as mesmas vestes, ou umas muito parecidas, e lá continuamos nós com o mesmo cordão, conjunto de um mesmíssimo entrançado, que nos prende a Roda de Samsara.