René Magritte
Quando fechamos uma porta na nossa vida, o universo disponibilizamos de imediato outras alternativas. Este é um ditado antigo, já os nossos avós o diziam, muito embora por outras palavras.
Levamos uma eternidade a decidir dar ouvidos a nossa voz interior, e não nos confundirmos com outras vozinhas engraçadas, mas não, sabias. Depois quando finalmente escutamos, levamos outra eternidade a passar a acção, e entenda-se aqui que eternidade não é uma figura retórica, estamos mesmo a falar das inúmeras vidas, que levamos a alterar certo tipo de padrão de comportamento, e ai temos os famosos vírus e elementais, instalados no nosso corpo causal, e que é possível determinar, através do nosso tema astrológico.
Uma vez que passamos a acção, aguardamos as tais novas propostas do universo, e, elas levam mais ou menos tempo a surgir consoante, o processo de transmutação de energias, ou formas de pensamento, atitudes, são por nós conscientemente trabalhadas.
Não basta dizer, vou mudar, é absolutamente necessário, que as mudanças se operem de dentro de nós próprios e se reflictam, nos nossos gestos, nas nossas atitudes.
E aqui colocam-se outras questões – Quer dizer que eu posso estar séculos a aguardar outra oportunidade???? Ou, quer dizer que eu posso atrair de novo uma situação semelhante? Claro que sim, porque o que acontece, é que na maioria das vezes fechamos a tal porta, mas deixamos um fio de nylon no trinco, para nos assegurarmos que podemos a qualquer momento voltar, com ou sem consciência do que estamos a fazer, mas fazemo-lo. Receamos que aquela porta se feche, porque apesar de não nos sentirmos bem ali, “aquilo”, nós conhecemos, e o que está para além da porta, não fazemos a menor ideia do que é.
O Ser Humano lida mal com o desconhecido, com o desapego e com o abandonar de velhos hábitos. Quer interromper um padrão de comportamento, quer cessar um contrato, seja casamento, seja de que tipo for, mas não quer perder as regalias que essa mesma união lhe proporcionava.
Quando o tal fio de nylon se parte brutalmente, sem que haja qualquer hipótese de o repor, não há alternativa, e ai novas vivências surgem, no entanto se não paramos para reflectir, nos verdadeiros motivos que conduziram aquele acontecimento, as novas vivências vestem de novo as mesmas vestes, ou umas muito parecidas, e lá continuamos nós com o mesmo cordão, conjunto de um mesmíssimo entrançado, que nos prende a Roda de Samsara.