Senti um chamamento,
voltei-me para o deserto e prossegui a caminhada.
Dilui-me com a paisagem, absorvi a vastidão dos seres,
E tive um encontro.
Era exactamente como eu,
considerei por uns instantes que era uma miragem.
Sentámo-nos e tivemos uma longa conversa.
Este ser é como eu, mas não tem medos nem convicções,
O seu discurso era calmo,
sereno,
Perto dele sentia-me completa,
Sem saber porque, na sua proximidade eu era.
Na terra onde o tempo não tem pressa, acabamos em fusão,
À sombra de uma acácia naquele ocidente.
5 comentários:
"Este ser é como eu, mas não tem medo nem convicções"
Não sei se prefiro a parte do não ter medo ou a parte de não ter convicções... :)
Gostei muito de todo o poema.
Estrela
As convicções por vezes conduzem a estados em que o medo impera, tipo não estou a altura de sustentar as minhas convicções. O medo disfarça-se, procura sustentar-se nas convicções.
Beijinhos Estrela há muito tempo que não te via por aqui.
Muito bom. Compreendi-te.
Beijokas
António
O apelo do eu superior...
beijo
Luzidium
Olá António!
As vezes acordamos, assim, com umas ideias! ;)
Beijinhos
Luzidium!
O apelo do eu superior...
Encontros com a nossa contra-parte...
beijos
Magda
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