20 maio 2007


Senti um chamamento,

voltei-me para o deserto e prossegui a caminhada.

Dilui-me com a paisagem, absorvi a vastidão dos seres,

E tive um encontro.

Era exactamente como eu,

considerei por uns instantes que era uma miragem.

Sentámo-nos e tivemos uma longa conversa.

Este ser é como eu, mas não tem medos nem convicções,

O seu discurso era calmo,

sereno,

Perto dele sentia-me completa,

Sem saber porque, na sua proximidade eu era.

Na terra onde o tempo não tem pressa, acabamos em fusão,

À sombra de uma acácia naquele ocidente.

5 comentários:

Anónimo disse...

"Este ser é como eu, mas não tem medo nem convicções"

Não sei se prefiro a parte do não ter medo ou a parte de não ter convicções... :)
Gostei muito de todo o poema.
Estrela

Magda Moita disse...

As convicções por vezes conduzem a estados em que o medo impera, tipo não estou a altura de sustentar as minhas convicções. O medo disfarça-se, procura sustentar-se nas convicções.

Beijinhos Estrela há muito tempo que não te via por aqui.

Anónimo disse...

Muito bom. Compreendi-te.

Beijokas

António

Anónimo disse...

O apelo do eu superior...

beijo

Luzidium

Magda Moita disse...

Olá António!

As vezes acordamos, assim, com umas ideias! ;)

Beijinhos

Luzidium!

O apelo do eu superior...
Encontros com a nossa contra-parte...

beijos

Magda