04 abril 2014
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“Morte in Utérus”
Há cerca de 7 anos atrás escrevi
um artigo que se intitulava “A uma mãe que perdeu um bebé com poucas semanas de
vida”. Este artigo pode ser visto clicando aqui
ou clicando aqui
Hoje o meu artigo intitula-se de
“Morte in Utérus”.
As
estatísticas apontam para que cerca de 10% das gravidezes diagnosticadas são
afectadas por um aborto espontâneo[1], mas
a frequência do aborto espontâneo é muito superior, pois por vezes produzem-se em
fases tão prematuras que a gravidez ainda não foi detectada.
Dependendo
do Trimestre em que ocorre, as causas clinicas são muito variadas. Consequentemente a limpeza cármica, tanto para aquele ser como para aqueles pais, facilitadores da sua entrada nesta encarnação. Evidentemente que o apego e o resultante sofrimento para os pais é quanto maior quanto a evolução da
gravidez.
Existem
várias teorias quanto ao momento em que a alma se liga ao corpo. Eu acredito
que isso aconteça no imediato momento da concepção. Ou seja, quando o óvulo é
fecundado. Contudo, parece ser unânime nas diferentes teorias que a alma está
ligada ao corpo que escolheu de forma bastante frágil, podendo ser rompida a
ligação por sua vontade mediante a recusa do propósito escolhido para esta
encarnação. Diz-se que também é possível aquela alma ausentar-se por
pequenos períodos e voltar. Quanto mais se aproxima o momento do seu
nascimento menos isso se torna possível sem que a sua vida se encontre em
grande risco.
A recusa do
propósito escolhido pela alma pode ter inúmeras razões: Recusa em enfrentar o
sofrimento inerente ao propósito escolhido? Não seria este ser desejado? Esta alma é tão luminosa que não pode existir no plano físico por muito tempo,
mas por algum motivo deveria entrar em contacto com o mundo terreno? Quanto
mais evoluída está a gravidez, mais fácil é determinar as causas, quer
clinicamente quer cármicamente (através da metafísica da doença em causa). Mas
uma coisa é certa, a maior prova cármica é para aqueles pais. O impacto que tem
o incidente na sua evolução espiritual está intimamente relacionada com a
forma como aceitam e processam o sucedido. Esse processo também é determinante
para futuras provas da mesma natureza. Quando a lição é aprendida não há
necessidade de a repetir.
Certos
aspectos astrológicos no mapa natal podem ser indicadores de tendência para
morte in útero como um Plutão mal aspectado na casa 8, ou acontecimentos
violentos com filhos como por exemplo um Marte mal aspectado na casa 5, ou um Saturno em Leão ou na casa 5, consoante os aspectos, podemos verificar a
existência de carma com filhos, não sendo propriamente um indicador de morte.
Contudo um grande alerta: a verificação destes aspectos no mapa de um individuo
não é uma garantia absoluta que algum destes carmas se venha a manifestar. A
evolução espiritual de cada alma é demasiado complexa. São as escolhas de cada um que determinam quais as lições necessárias.
Para o ser
humano é impossível por vezes compreender os desígnios de cada alma, qual o seu
propósito e qual a sua missão quando o contacto com o mundo físico é tão curto.
Qual a
finalidade?
Podemos não
entender porque é que há sofrimento, sentimos que temos o direito de exigir
explicações. Achamos que se pudéssemos compreender porque algo acontece, seria
mais fácil ultrapassar a dor. Mas podemos tentar alcançar, que faz parte da
evolução das almas envolvidas.
Quando uma
alma contacta o mundo físico, nem que seja por breves semanas, ela deixa a sua
luz no plano que contactou, particularmente naquela mãe.
[1] O aborto
espontâneo designa a interrupção da gravidez por causas naturais e a
consequente expulsão do feto, quando o mesmo ainda não alcançou 500 g de peso
ou antes das 22 semanas de gravidez.
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